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A Verdadeira História dos Batistas? - Parte 2 - dois tipos de batistas

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  Judiclay S. Santos 3. Os batistas gerais e os batistas particulares A origem dos batistas na Inglaterra está associada a dois grupos distintos, comumente chamados de batistas gerais e batistas particulares. Esses termos denotam a distinção quanto a perspectiva soteriológica, em especial quanto à extensão da expiação de Cristo. Os batistas gerais (arminianos) [16]  defendiam a morte de Cristo como uma expiação ilimitada e indefinida, suficiente para salvação de todos, mas incerta quanto ao número de redimidos. Os batistas particulares (calvinistas [17] ) pregavam que o sacrifício de Cristo havia sido definido, exclusivo e eficaz somente em favor dos eleitos de Deus. Os batistas gerais Entre os batistas gerais, os dois nomes mais importantes são John Smith e Thomas Helwys. Desde o início do século XVII, ambos foram as duas personalidades que mais influenciaram os passos dos primeiros batistas no contexto do movimento separatista inglês. Refugiados na Holanda por conta da perse...

A Verdadeira História dos Batistas? Uma pesquisa Profunda - parte 1

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  Os batistas e sua herança reformada SOBRE O AUTOR Judiclay S. Santos É ministro da Convenção Batista Brasileira, filiado à Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Graduado pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil-RJ, atualmente faz Mestrado em Divindade, com ênfase em teologia histórica pelo Centro de Estudos Andrew Jumper, da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP. Leciona no Seminário Martin Bucer, em São José dos Campos-SP. Há nove anos atua como pastor titular da Igreja Batista Betel de Mesquita, no Rio de Janeiro. Autor de dois livros: Os Sete Pecados de Caim: os descaminhos do filho de Adão e Ecos da Graça: Mensagens que iluminam a mente e aquecem o coração. Ambos pela editora Pro Nobis. Casado com Claudia de O Ribeiro Santos e pai de Leonardo. Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele. [1] O presente ensaio tem como propósito apresentar um panorama sobre a história dos batistas e su...

Ortodoxia, Ortopraxia e Ortopatia

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REFLETINDO: ortodoxia... ortopraxia... ortopatia... precisam caminhar juntas - um tripé http://paulodiasnogueira.blogspot.com/2014/04/refletindo-ortodoxia-ortopraxia.html Por Paulo Dias Nogueira Enquanto preparava uma aula sobre "espiritualidade wesleyana", retomei a leitura de um texto conhecido. Trata-se do capítulo cinco do livro A Nova Criação - A teologia de João Wesley HOJE, de Theodore Runyon, intitulado: Ortopatia e experiência religiosa. Ortopatia não é um termo comum. Na realidade Runyon o cunhou durante um discurso na Semana de Pastores, na Universidade de Emory em 1984. Depois disso, ele desenvolveu melhor sua abordagem deste novo termo. Citando outro autor (Thorsen, Donald A. D.) ele lembra que Wesley "foi o primeiro a incorporar explicitamente em sua visão teológica a dimensão experimental da fé cristã". Chamei-o de "ortopatia", do grego  ortho  (correto) e  pathos  (sentimentos, paixões e , num sentido mais amplo, experiência), a nova sensib...

FILOCALIA E VIDA MONÁSTICA - 1

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  INTRODUÇÃO À FILOCALIA E À VIDA MONÁSTICA PEREIRA monja Rebeca A  Filokalia  é um livro clássico da literatura da Igreja Ortodoxa - coletânea de textos de autores diversos sobre a Oração do Coração. Filocalia significa "amor à beleza", “amor pelo belo”, “amor pelo bom-bem”, essa beleza que se confunde com o bem. Em 1782 foi publicada em Veneza sob o nome de Filocalia uma grande compilação de autores espirituais gregos das mais variadas épocas. Com textos de mais de trinta autores, desde os Padres do Deserto até autores bizantinos do século XIV. O sucesso, em português, do livro da Pequena Filocalia, deve-se ao livro  Relatos de um Peregrino Russo . Filocalia é, antes de tudo, o livro da Oração do Coração ou Oração de Jesus. Relatos de um Peregrino Russo  é o título em português de um livro cujo autor é um russo anônimo do século XIX. Trata-se da narração de sua jornada pelo país, descobrindo os Padres do Deserto como eremitas, ascetas, monges e monjas vivendo ...

Os Sacramentos na Ortodoxia

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Os sacramentos «Ele que esteve visível como nosso Redentor agora passou para os Sacramentos.» (São Leão, o Grande) O lugar principal na liturgia Ortodoxa pertence aos Sacramentos ou, como eles são chamados em Grego aos mistérios. É chamado de mistério, escreve São João Crisóstomo sobre a eucaristia, pois aquilo em que acreditamos não é o mesmo que nós vemos, mas vemos uma coisa e acreditamos em outra... Quando eu ouso mencionar o corpo de Cristo, eu entendo o que é dito em um sentido o descrente em outro (Homilies on I Corinthians, 7:1 (p.g. 61,55). Este duplo caráter, ao mesmo tempo exterior e interior, é o aspecto distintivo de um Sacramento: Os Sacramentos, como a Igreja, são ambos visíveis e invisíveis; em todo o Sacramento existe a combinação de um Sinal visível no exterior com uma Graça espiritual interior. No batismo o Cristão passa por uma exterior lavada na água, e é só ao mesmo tempo limpo interiormente de seu pecado; na Eucaristia ele recebe o que do ponto de vista visível p...

É correto batizar em nome de Jesus?

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    “BATISMO EM O NOME DE JESUS”.   https://www.palavrasdoevangelho.com/products/batismo-em-o-nome-de-jesus/          Desde que a verdade da parte de Deus existe entre nós, o erro, como uma erva daninha, tem encontrado acolhimento no coração dos simples para germinar. E, o que nos chama a atenção é que, o erro e a heresia surgem justamente de uma aparente verdade. Homens que fazem prevalecer seus pensamentos, seus ideais, seus raciocínios; e assim afugentam e desprezam o Espírito da verdade, entregando-se ao espírito do erro.        O apóstolo Pedro falando desses, disse: “... irmão tende  por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição”. (2 Pedr...