O Ideal dos Irmãos

Apenas destacando algo que já compartilhei na íntegra, escrito pelo irmão Jabesmar, pesquisador especial da história do movimento.

III. O IDEAL DOS "IRMÃOS" - A UNIDADE DA IGREJA

Por: Jabesmar A. Guimarães 

O ideal dos "irmãos", desde o início, foi o de se reunirem tendo como única base de comunhão o ser um "nascido de novo". Buscavam ter a Bíblia como única regra de fé e conduta, não aceitando nenhum outro regimento, ou lista de normas de proceder (como por exemplo atas, lista de pode ou não pode, usa e não usa etc. - parêntese meu), entendendo que isto estabelece condições que não poderão ser aceitas por todos os filhos de Deus.

Os "irmãos" insistiam no dever cristão de manter um alto padrão de conduta pessoal (havendo até um alto grau de ascetismo nos que iniciaram o movimento), no reconhecimento da autoridade das Escrituras, tanto para a conduta pessoal como para guia nas atividades da igreja, bem como a não aceitação de prerrogativas ministeriais; reconhecendo a liberdade do uso dos dons por todos os membros da congregação, conforme a distribuição do Espírito Santo. Entendiam que a Igreja é a comunidade e a unidade de todos os remidos por Cristo. Era sua compreensão que as igrejas locais são autônomas e independentes, sendo unidas somente pelos laços de fraternidade cristã. Consideravam todas as igrejas nas quais há evidência da presença de Cristo nelas, mesmo que use algum nome para caracterizá-la, como uma igreja co-irmã e pertencente à mesma Igreja de Cristo.

A Igreja de Cristo na terra é uma só. Esta verdade é aceita sem maiores dificuldades por todos os verdadeiros cristãos evangélicos. Contudo, quando se referem à Igreja, no seu subconsciente estão se referindo ao seu grupo particular ou às igrejas do seu grupo. Para cada um a Igreja é formada por aqueles que concordam com ele em gênero, número e grau. Os outros, bem, os outros, mesmo que seja um irmão cuja vida reflita que é verdadeiramente um remido por Cristo, e que tenha sido usado pelo Senhor para uma grande obra na sua seara, é considerado apenas como um "meio - irmão".

No início do "Movimento dos Irmãos" os que participavam das reuniões não tinham a intenção de formar um novo grupo, pois visavam a unidade do povo de Deus. Todavia, em nenhum dos grupos existentes na época, eles encontravam condições para viver de uma forma que alcançasse todos os cristãos. A qualquer grupo que se filiassem teriam que aceitar alguma norma que, por não ser clara nas Escrituras, excluía os outros cristãos que com ela não concordassem. Por esta razão procuraram reunir-se de uma forma que pudessem agir e cooperar com todos, observando somente as Escrituras, sem nenhuma restrição ou preceito além daqueles claramente expressos na Bíblia. Procuravam adotar uma conduta de tolerância nos pontos em que não podiam chegar a um mesmo parecer.

"Por isso nós que desejamos reunir-nos em um terreno comum a todos, de uma maneira que todos possam acompanhar-nos, precisamos ter muito cuidado em não exigir nada que as Escrituras não exijam, ainda que a nova regra pareça muito sensata".

Não podemos insistir em alguma forma particular de culto ou modo de batizar, visto que a Palavra de Deus não o faz; nem devemos proibir o ministério de um irmão espiritual por ser ele apenas, como dizem "um leigo", visto que a distinção entre clero e leigo não se encontra na Bíblia".

conservando a consciência de Sua Onipresença.







https://mensageirosdoreino.webnode.page/o-movimento-dos-irmaos/


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