O ESPÍRITO SANTO


VIII - A TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE – O ESPÍRITO SANTO 

Do livro MANUAL DE DOUTRINA CRISTÃ ORTODOXA 
(EM PERGUNTAS E RESPOSTAS)
De Abbud Issaia


"E no Espírito Santo, Senhor Vivificante, que do Pai procede; e que é com o Pai e o Filho, adorado e glorificado, e que falou pelos profetas."

306. Quem é o Espírito Santo? É a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade; 43  É o Deus Verdadeiro; É o Consolador, prometido à Santa Igreja por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

307. Por que razão se denomina a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade - "O Espírito Santo?" Assim se denomina a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, pois exerce sôbre nós a ação santificadora, sendo que, toda a santidade provém do Espírito Santo. 

308. Em que sentido o Espírito Santo é denominado "Senhor"? A denominação "Senhor" é aplicada ao Espírito Santo, no sentido de demonstrar a sua igualdade, em relação ao Filho de Deus na qualidade de Deus Verdadeiro. 

309. Podemos encontrar a prova dessa afirmação nas Sagradas Escrituras? Sim. O apóstolo Pedro comprova esta verdade nas palavras dirigidas a Ananias: "Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste êste desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas sim a Deus" (Atos Apostólicos 5:3-4). 

310. Em que sentido o Espírito Santo denomina-se "Vivificante?" A denominação "Vivificante" aplica-se ao Espírito Santo," pois é a Êle que se deve toda a vida no mundo. Seja uma planta ou um ser animado; em todos os casos de aparecimento de uma nova vida, o Espírito Santo está presente, em conjunto com o Pai e o Filho, a fim de transmitir-lhes o misterioso sôpro vivificante, que lhes permitirá seguir o caminho natural do seu desenvolvimento. No caso dos homens, além do milagre da vida, produz o Espírito Santo ainda outro supremo mistério. Éste mistério é a criação e o desenvolvimento progressivo da vida espiritual, a qual recebe alicerces inabaláveis no santo sacramento do batismo, quando a alma humana, purificada do pêso do pecado original, adquire fôrças celestiais para vencer o mal e conseguir a suprema recompensa no Reino dos Céus: "Na verdade, na verdade te digo que aquêle que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus" (Evangelho de São João 3:5). 

311. Como podemos saber que o Espírito Santo descende do Deus Pai? As palavras do próprio Senhor Jesus Cristo comprovam esta verdade: "Mas quando vier o Consolador, que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquêle Espírito de Verdade, que pro- cede do Pai, testificará de Mim" (Evangelho de São João 15:26). 

312. Êste ensinamento sôbre o Espírito Santo pode ser modificado ou ampliado? Não, pois:  Nesta forma de ensinamento sôbre o Espírito Santo, a Santa Igreja Cristã Ortodoxa repete com absoluta exatidão as palavras proferidas pelo Nosso Salvador, palavras que representam a essência da mais pura verdade;  segundo Concílio Universal, cujo principal objetivo era a determinação definitiva da "Profissão de Fé Ortodoxa," deixou indubitávelmente bem preciso o ensinamento sôbre o Espírito Santo.  A Santa Igreja Universal Apostólica e Ortodoxa aceitou êste ensinamento de modo tão irrevogável, que no terceiro Concílio Universal, havia proibido terminantemente qualquer modificação ou ampliação do artigo sôbre o Espírito Santo (Sétimo parágrafo das Resoluções do terceiro Concílio Universal). No livro primeiro, capítulo 11, verso 4, da sua obra intitulada "Deus," escreve São João Damasceno: "Confessamos o Espírito Santo, que descende do Pai, denominando-O - "Espírito Paterno;" de forma alguma confessamos a descendência do Espírito Santo do Filho" (Teologia). 44 

313. Nas palavras da promessa, proferidas por Jesus Cristo, de acôrdo com as quais é Êle, Nosso Salvador, que ia enviar-nos o Espírito Santo do Deus Pai, poderíamos subentender que êste Espírito Santo pudesse descender também do Deus Filho? Não podemos subentender coisa semelhante, pois:  Prometendo aos apóstolos, que Lhes enviaria o Espirito Santo, afirmou Nosso Senhor Jesus Cristo que o faria "Do Pai";  próprio Salvador disse com toda exatidão, que o Espírito Santo procede do Pai:  "Aquêle Espírito da Verdade, que procede do Pai" (Evangelho de São João 15:26).  Se estivéssemos dispostos a encarar o fato de ter Nosso Senhor Jesus Cristo enviado o Espírito Santo, como, sendo equivalente ao de êste último descender do Deus Filho, incorreríamos em gravissimo êrro, pois o raciocínio levar-nos-ia a inúmeros outros êrros semelhantes. Com a mesma lógica errada poderíamos afirmar, que Deus Filho descende do Pai, baseando-nos nas palavras do próprio Salvador: "Aquêle que Me enviou" (Evangelho de São João 8:26). Entretanto, é sabido que Deus Filho não descende nem do Deus Pai, nem de ninguém, sendo gênito pelo Pai antes de todos os séculos. Nestas condições torna-se claro que o Espírito Santo procede única e exclusivamente do Deus Pai, não se podendo aceitar qualquer outra interpretação. 

314. De onde sabemos, que ao Espírito Santo são devidas a adoração e a honra iguais às do Deus Pai e Deus Filho? Sabémo-lo da ordem que nos foi dada por Nosso Senhor Jesus Cristo, de acôrdo com a qual deve-se batizar: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Evangelho de São Mateus 28:19), que demonstra claramente a igualdade de condições em que se encontram as Três Pessoas da Santíssima Trindade, e que o Espírito Santo falou pelos profetas? Menciona com o fim de comprovar que os livros sagrados do Antigo Testamento foram escritos sob a inspiração do Espírito Santo e para admoestar os falsos ensinadores: "Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Epístola de São Pedro, apostolo 1:2) 

316. O Espírito Santo não falou também pela bôca dos Santos Apóstolos? Sim. O Espírito Santo falou pela bôca dos Santos Apóstolos, isto é - os Santos Apóstolos estavam inspirados pelo Espírito Santo: "Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, êles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aquêles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o Evangelho: para as quais coisas, os anjos desejam bem atentar" (1 Epístola de São Pedro 1:12). 

317. Por que razão, então, não se mencionam os santos apóstolos na "Profissão de Fé Ortodoxa?" Porque, por ocasião dos Concílios Universais, ninguém duvidava que éles fôssem inspirados pelo Espírito Santo. 318. Quando e de que forma o Espírito Santo desceu sôbre os Santos Apóstolos? O Espírito Santo desceu sôbre os santos apóstolos, no quinquagésimo dia após a ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo e no décimo dia após a sua ascensão. Manifestou-se sob a forma de "línguas de fogo" que pousaram nas cabeças dos santos apóstolos, reunidos para a prece em comum. O dia em que comemoramos êste glorioso acontecimento denomina-se "Pentecostes:" "E cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; E de repente veio do céu um som como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistos por êles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sôbre cada um dêles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (Atos Apostólicos 2:4). 45 319. Qual a ação que o Espírito Santo produziu sôbre os santos apóstolos? Santificou-os.  Iluminou e fortificou-os; Facultou-lhes o dom de conhecer diversos idiomas, sem, todavia, haver procedido aos estudos, que comumente são necessários para alcançar êsses conhecimentos; Deu-lhes o poder de fazerem milagres.

320. Atualmente há alguém inspirado pelo Espírito Santo? Sim. Todos os verdadeiros cristãos são inspirados e iluminados pelo Espírito Santo: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espirito de Deus habita em vós?" (1 epístola de São Paulo aos Coríntios 3:16). 

321. Como devemos proceder a fim de tornar-nos dignos da inspiração do Divino Espírito Santo? São dois os caminhos para conseguir esta graça suprema:  A participação nos Santos Sacramentos; A oração constante e sincera. "Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai Celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (Evangelho de São Lucas 11:13). "Mas quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, Nosso Salvador, para com os homens, Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo. Que abundantemente Êle derramou sôbre nós por Jesus Cristo, Nosso Salvador" (Epístola de São Paulo, Tito 3:4-6). 

322. Qual é a ação do Divino Espírito Santo no seio da Santa Igreja? No seio da Santa Igreja a ação do Divino Espírito Santo é a seguinte:  Instrui a Santa Igreja e governa-a,  Distribui as Suas graças celestiais por intermédio da Santa Igreja: "Mas aquêle Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu Nome, êsse vos ensinará tõdas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quánto vos tenho dito" (Evangelho de São João 14:26). 

323. Que causa em nós o Divino Espírito Santo? Causa-nos o seguinte:  Santifica-nos pelo poder da graça santificadora e graça movedora; Concede-nos os Seus divinos dons. 

324. Como devemos entender o têrmo "A Graça?" O têrmo Graça corresponde ao poder divino, isto é, um dom interno e sobrenatural, o qual nos é concedido por Deus, pela razão do Seu infinito amor e pelos méritos do Seu unigênito Filho Nosso Senhor Jesus Cristo. 

325. Por que denominamos a Graça o Dom Divino? Chamamos de dom a graça, que nos é concedida por Deus, pois só podemos considerã-la como sendo um presente, uma vez que nunca chegaríamos a merecê-la, recebendo-A pelo amor divino e os méritos de Nosso Senhor. 

326. Por que razão denominamos a Graça: "Dom interno e sobrenatural?" Denominamos a Graça Divina, como sendo um dom interno em vista de ser êle concedido diretamente por Deus às nossas almas. Consideramos a Graça Divina um dom sobrenatural, porque o ser humano, na sua qualidade física, não a possui, nem pode adquirí-la procurando-a dentro da natureza, que o cerca, não possuindo, da mesma forma, qualquer direito a êssa Graça. O fato de o homem poder adquirí-la decorre única e exclusivamente da incalculável grandeza da misericórdia de Deus em relação com a Sua criatura. 

327. Com que objetivo Deus concede ao homem a Graça sobrenatural? Deus concede ao homem a Graça sobrenatural a fim de elevá-lo à altura do Filho de Deus, tornando-o digno do Reino dos Céus. 46 

328. Qual é a outra discriminação para a "Graça Santificadora" e a "Graça Movedora?" A "Graça Santificadora" é aquela que ilumina as nossas almas. A "Graça Movedora" é aquela que nos induz para ações boas e dignas. 

329. Qual é a ação sôbre nós da "Graça Movedora?" A Graça Movedora instrui e inspira-nos a fim de que possamos atingir a salvação.

330. De que maneira a Graça Movedora nos ajuda a concretizar as boas ações, e, por si só, pode ela levar-nos à salvação? Auxilia-nos em efetivar atos de bondade e de dignidade, iluminando o nosso intelecto e fortalecendo a nossa vontade, induzindo-nos aos atos benéficos e proveitosos para a salvação das nossas almas e dos nossos semelhantes.  A Graça Movedora, por si só, não pode levar-nos à salvação, visto não exercer nenhuma pressão sóbre nós, sustentando-nos únicamente na luta que mantemos pela vitória do bem. Não devemos, pois, resistir à penetração da Graça Divina que tende a instalar-se em nós e viver no nosso íntimo, aceitando-a de boa vontade e colaborando efetivamente, para o aprofundamento dos laços que nos unem a ela. "E nós, cooperando também, vos exortamos a que não recebais a Graça de Deus em vão" (Epístola de São apóstolo Paulo aos Coríntios 6:1). A fim de que êste assunto seja totalmente compreendido transcrevemos abaixo a parábola dos talentos que explica nas palavras do próprio Salvador o modo pelo qual a Graça Movedora atua no íntimo de cada um de nós: "Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens; E a um deu cinco talentos (Os 7 Dons do Espírito Santo são um dos significados simbôlicos do lampadário de 7 luzes colocado atrás do Altar Sagrado nas nossas igrejas), e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E tendo êle partido, o que recebera cinco talentos negociou com êles, e ganhou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, ganhou também outros dois; Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fêz contas com êles. Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com êles. E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sôbre o pouco fôste fiel, sôbre muito te colocarei; entra no gôzo do teu senhor. E chegando o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregasteme dois talentos; eis que com êles ganhei outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sôbre, o pouco fôste fiel, sôbre muito te colocarei; entra no gôzo do teu senhor. Talento - moeda de alto valor em curso na Palestina, nos tempos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que eu ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Evangelho de São Mateus 25:14 a 30). Esta maravilhosa parábola indica, de um modo sobremaneira nítido, que os homens recebem do divino Espírito Santo a "Graça Movedora," que lhes é transmitida no ato do sacramento do batismo. Desde então, ao livre arbítrio do homem está destinada a tarefa de conservâ-la e desenvolvê-la. Como se ela fôsse uma pequena chama vivificadora, que a vontade do homem pode transformar em um incêndio da fé ou então deixâ-la diminuir e apagar-se nas trevas da ignorância e da maldade. A parábola dos 47 talentos esclarece também, de modo absoluto, outra particularidade, isto é, o destino, que espera aquêles que souberam aproveitar-se dignamente dos dons celestiais, que lhes foram oferecidos, como também a desgraça, que aguarda aquêles que, ao invés de assim proceder, dedicaram-se, tão sómente, à crítica estéril e injusta do seu Criador. "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com êle cearei, e êle comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no Seu trono" (Apocalipse de São João 3:20-21). Êle está batendo na "porta dos corações" da humanidade! Da grandeza da Chama Divina que está em nós, e exclusivamente dela depende de essas "portas" serem abertas e a salvação tornar-se o seu merecido tesouro! 

331. A "Graça Movedora" é de utilidade para os homens? Sim, é imprescindível para todo e qualquer ato do bem. Ela proporciona ao pecador a fôrça necessária para converter-se a Deus, e ao justo, concede a persistência, a fim de que possa permanecer no estado da "Graça Santificadora," promovendo ações benéficas, que lhe proporcionarão a eterna felicidade no Reino dos Céus: o Porque sem mim nada podeis fazer" (Evangelho de São João 15:5). 

332. Qual é a ação sôbre nós da "Graça Santificadora?" A "Graça Santificadora" cria em nossas almas uma vida espiritual de caráter superior. É um estado sobrenatural, em que a alma se encontra mergulhada; estado êste, que permanece para sempre. 

333. De que maneira a -Graça Santificadora- nos proporciona uma nova vida sobrenatural? Santificando-nos e tornando-nos por isso gratos aos olhos de Deus;  Elevando-nos da categoria de escravos do mal, à categoria dos filhos de Deus e herdeiros do paraíso celeste;  Facultando-nos exercer atos necessários para alcançar a salvação. 

334. Por que meio abrigamos e fortalecemos a "Graça Santificadora?" Por meio da calorosa oração, do jejum, da vida pura e apoiada nos preceitos da moral e da ética cristã, e, antes de tudo, por meio da participação nos Santos Sacramentos. 

335. Quais são os dons que se denominam "Os dons do Divino Espírito Santo?" Os dons do Divino Espírito Santo são aquêles por meio dos quais o Divino Espírito Santo nos torna acessíveis de Sua santificação. Êsses dons induzem-nos a receber de bom grado a sua suprema iluminação, seguir a sua sagrada inspiração, alcançando, desta forma, o alto grau da virtude. 

336. Quais são os dons principais do Divino Espírito Santo? De acôrdo com o profeta Isaías, os dons principais do Divino Espírito Santo são os seguintes:  Dom da Sabedoria Suprema. Dom da Compreensão. Dom do Bom Conselho. Dom da Fôrça (Heroismo). Dom do Conhecimento (Inteligência). Dom da Beatitude. Dom do Temor Divino. "Porque brotará um rebento do trono de Jessé, e das raízes um renôvo frutificará. E repousará sobre Êle o Espírito do Senhor, o Espírito de Sabedoria e de Inteligência, o Espírito de Conselho o de Fortaleza, o Espírito de Conhecimento e de Temor do Senhor" (Livro do Profeta Isaias 11:1-2). 

337. Em que nos auxilia o Dom da Sabedoria Suprema? Auxilia-nos na compreensão, na admiração e no amor de Deus em Sua infinita Majestade e Perfeição. 48 

338. Em que nos auxilia o Dom da Compreensão? Auxilia-nos na melhor penetração no espírito, contido nas verdades supremas da Fé. 

339. Em que nos auxilia o Dom do Bom Conselho? A escolher aquilo que agrada a Deus, nos casos em que surgirem dúvidas e incertezas. 

340. Em que nos auxilia o Dom da Fôrça (Heroismo)? Auxilia-nos a superar os obstáculos no caminho que conduz à salvação. 

 341. Em que nos auxilia o Dom do Conhecimento (Inteligência)? A adquirir a certeza absoluta da Verdade, contida nos ensinamentos da nossa sagrada Fé e instruí-nos a reconhecer as ações que devemos praticar e aquelas que devemos evitar. 

342. Em que nos auxilia o Dom da Beatitude? Auxilia-nos a conservar permanentemente os sentimentos filiais em relação a Deus, nunca deixando dê adoração. 

343. Em que nos auxilia o Dom do Temor Divino? A evitar tudo aquilo que possa, porventura, desagradar a Deus, sentindo, constantemente, sôbre nós o poder de Sua infinita Majestade e conservando a consciência de Sua Onipresença.













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