A irracionalidade da pós-modernidade

As pessoas hoje estão muito mais burras do que alguma décadas atrás. E todas estão mais burras do que as de centenas de anos atrás. Acreditam num super programa, num super provedor, em super computadores, numa máquina complexa feita por pessoas, que tem a resposta pra tudo. Não sabem como funciona, a grande maioria, não faz idéia da complexidade, mas acredita nela.

Quando escreve na caixa de diálogo, faz uma pergunta, pesquisa algo, crê piamente que vão haver várias respostas, vários sites, também feitos por outras pessoas, que vão ter o que procura, crê nisso e uns ainda pior, crêem no que dizem os sites cegamente.

O usuário crê que seu e-mail está protegido por criptografia, como também suas redes sociais; ele crê em cada função de cada tecla, sabe, ou espera com toda certeza, o que vai acontecer a cada clic. Ele crê num administrador mecânico, que cuida das contas virtuais de bilhões de pessoas ao mesmo tempo, sem falhas, ou quase sem falhas. Ele crê no google e todos os seus recursos, ele não sabe como funciona, mas ele "sabe" que funciona.

Mas hoje se aprende desde a escola, ou pelo menos se é apresentado, e conhece a comprexidade de uma célula, a complexidade da linguagem do código genético, a qual nenhum computador é capaz de realizar. O cérebro com tantas funções, conhecidas e desconhecidas, a complexidade e matemática precisa da natureza (que Newton não conhecia, Darwin nao conhecia, nem mesmo Mendel, descobridor da gené conheceu nenhuma dessas coisas, são tantas coisa que a séculos são estudadas e que se conhece hoje. Mas ele está mais preocup conhecia essas coisas, nao faziam idéia, no máximo pensavam que uma célula fosse uma bolha gelatininosa, uniforme e microscópica).   

Mas a maioria está ocupado com a dança da moda, com a vida de alguém distante, um ator ou cantor que nada tem a ver com sua vida, mas o está inflenciando sem precisar jamais conhecê-lo nem ter a minima idéia que está fazendo, nem por que nem pra que.

O "inteligente" de hoje olha pra toda essa complexidade, passa por quase duas décadas da vida estudando em escolas ( universidades pra esquecer tudo logo depois, menos as ideologias que foram gotejadas no seu cérebro durante todos esses anos), passa por todo esse mundo de informação e "conhecimento", e conclui (o que já lhe disseram antes, claro): foi o acaso.

E como alguém muito bem informado, e que sabe que se não não souber alguma coisa é só buscar no google, contempla essa complexidade, matemática e organização, das células, dos genes, do universo, do cérebro... e diz "foi o acaso". E acha que esta sendo lógico, racional...

Essa pessoa não acredita que um Deus integente fez tudo isso, mas o acaso, por acaso, fez, não foi preciso algo racional, algo lógico (a lógica deve ter surgido também por acaso, talvez pense), foi como uma tentativa e erro de um jogo de dados onde não há jogador, simplesmente dados (e as probabilidades estão todas contra, como um jogo de dados não viciados que se repetiria milhões de vezes) . Ela não acredita que um Deus, poderoso e onisciente pra fazer tudo possa, administrar tanta coisa ao mesmo tempo, mas o provedor do google pode, nesse ela acredita, e se espanta muito se houver uma falha, se o seu e-mail não abrir com a senha, pois ela confia no google que cuida dos e-mails de bilhões de pessoas ao mesmo tempo. Paradoxalmente à sua crença nonacaso ela não se assusta que entre em inconsciência todas as noites e no outro dia, como um milagre, ela acorda, sem nenhum ato de sua vontade, ela estava dormindo, simplesmente a "máquina" complexa criada pelo acaso reinicia. Ela não se espanta mais que seu coração esteja batendo o tempo todo e que seu corpo todo funcionando nessa hora que ela não está fazendo nada para isso, nem o google, ela descansa e dorme crente que acordará no dia seguinte, pela simples força do hábito, e contra as estatísticas de morte de pessoas dormindo. 

Nem essa hora nem hora nenhuma ela percebe que a vida, a consciência, a mente, são fenômenos bem diferentes de mecanismos criados pelo ser humano, nem sequer percebe que seu corpo é bem diferente de estruturas organizadas pelo acaso, e que seu pensamento é algo bem diferente do processamento de informações (dadas e programadas por alguém, lembremos) por um computador. Não, ela pensa logo nos seus a fazeres. Ela não se pergunta mais "o que é meu provedor?", "quem programou tudo isso?", "por que estou aqui?". Ela não entende um propósito para a vida, afinal ela apareceu aí, por acaso. Ela confia em dados, dados por um provedor de rede, criado por alguém, programado por alguém, automático, mas não crê naquele que criou, provê e está provendo a vida, a consciência, a inteligência e tudo o que se posa conhecer, em última análise. E ela não crê no provedor de sua existência.


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