O PAPEL DA FÉ - primeira parte
Todos vivem por fé. Naturalmente todos vivem por fé. Só através dessa fé é possível viver. Todos os sistemas religiosos são sistemas de fé, mas não só eles, todos as filosofias, ideologias, ciências, técnicas, enfim tudo o que fazemos na vida é baseado em fé. Vamos ver se é assim?
Fé é um pouco diferente de crer, porque fé é confiar. Ao que parece alguns idiomas são mais eficientes que o nosso para entender isso, até porque fé neles pode se tornar verbo, então você não precisa dizer "eu creio" para afirmar a fé.
No grego fé pode ser a tradução de duas palavras, vamos focar aqui uma delas apenas, a palavra pistis. Pistis quer dizer fé no sentido de confiar. É a principal palavra traduzida por fé nos evangelhos. O sentido é de confiar no que não vê e ou ainda não aconteceu. Isto é coerente com o outro sentido no grego, de fidelidade, pistis também pode significar fiel, que se for feita verbo será traduzido como assegurar, garantir.
Fé significa confiar, confiar com segurança, sem desconfiança, sem dúvida. O principal significado da palavra pistis é esse. Então melhor que dizermos "eu creio", como somos condicionados pelo idioma a dizer, seria, ao menos pelo lógica, dizermos "eu confio".
Mas tratando apenas especificamente da fé natural ela realmente beira a simples crença, afinal, não temos garantias de muitas coisas em que confiamos.
Todos creem para viver
Todos creem que vão acordar vivos amanhã. Muitos dificilmente deitariam numa cama se não tivessem essa "certeza", ainda que não seja uma garantia. Mas mais que isso, todos acreditam que haverá um amanhã, que o Sol vai nascer e que tudo vai estar mais ou menos como foi deixado no dia anterior, uns creem até que exatamente igual.
Quando usamos aparelhos simplesmente apertamos botões e tocamos telas e temos quase completa certeza de que nossos comandos serão obedecidos certeza (aliás nem pensamos desse modo em termo de certeza, simplesmente confiamos). Mas que certeza podemos ter que a televisão vai ligar, que o celular vai funcionar, que o carro vai pegar, que a luz vai acender...? Ninguém questiona isso, simplesmente quer o efeito, o benefício, digamos assim.
Num carro, sem fé, não teria como dirigir, são muitas coisas que fazemos que temos certeza que prontamente funcionarão, embora não haja qualquer garantia ou prova sobre isso. Muita coisa do que tem que acontecer para um carro funcionar não depende de nós, mas na aparência pensamos que tudo está sob nosso inteiro controle, nem sabemos como funciona o carro, quantas coisas estarão acontecendo no motor, na parte elétrica, como e porque os vidros abaixam quando apertamos um botão. Ninguém precisa questionar isso, apenas crê que tudo ocorrerá conforme o esperado, ou como já viu antes, ou como alguém disse que seria.
Eu sempre fui um amigo brincalhão e uma das coisas que sempre brinquei foi com esse instinto de confiança das pessoas. Por exemplo seu eu entrasse num carro com uma criança que não sabia abaixar o vidro e ela perguntasse a mim, eu não diria "gire a manivela", o que ela faria sem questionar "não acredito! é mesmo?", eu diria o mais natural "puxe pra baixo que ele desse". E então riria com as mãozinhas coladas no vidro tentando puxar para baixo, sem sequer raciocinar que se fosse assim qualquer um abriria o carro por fora. Devo ter feito isso algumas vezes.
Todo mundo acha que isso é apenas ser caçoador, mas é um instinto, aprendemos muito com isso: vemos por um lado que sempre acreditamos muito facilmente em qualquer coisa, por outro lado vemos que o ceticismo, a postura crítica, a desconfiança estão longe de ser o natural ou o normal e que não são tão sadias como nos querem ensinar hoje nas escolas e universidades, podem ser até doentias.
Fé é um pouco diferente de crer, porque fé é confiar. Ao que parece alguns idiomas são mais eficientes que o nosso para entender isso, até porque fé neles pode se tornar verbo, então você não precisa dizer "eu creio" para afirmar a fé.
No grego fé pode ser a tradução de duas palavras, vamos focar aqui uma delas apenas, a palavra pistis. Pistis quer dizer fé no sentido de confiar. É a principal palavra traduzida por fé nos evangelhos. O sentido é de confiar no que não vê e ou ainda não aconteceu. Isto é coerente com o outro sentido no grego, de fidelidade, pistis também pode significar fiel, que se for feita verbo será traduzido como assegurar, garantir.
Fé significa confiar, confiar com segurança, sem desconfiança, sem dúvida. O principal significado da palavra pistis é esse. Então melhor que dizermos "eu creio", como somos condicionados pelo idioma a dizer, seria, ao menos pelo lógica, dizermos "eu confio".
Mas tratando apenas especificamente da fé natural ela realmente beira a simples crença, afinal, não temos garantias de muitas coisas em que confiamos.
Todos creem para viver
Todos creem que vão acordar vivos amanhã. Muitos dificilmente deitariam numa cama se não tivessem essa "certeza", ainda que não seja uma garantia. Mas mais que isso, todos acreditam que haverá um amanhã, que o Sol vai nascer e que tudo vai estar mais ou menos como foi deixado no dia anterior, uns creem até que exatamente igual.
Quando usamos aparelhos simplesmente apertamos botões e tocamos telas e temos quase completa certeza de que nossos comandos serão obedecidos certeza (aliás nem pensamos desse modo em termo de certeza, simplesmente confiamos). Mas que certeza podemos ter que a televisão vai ligar, que o celular vai funcionar, que o carro vai pegar, que a luz vai acender...? Ninguém questiona isso, simplesmente quer o efeito, o benefício, digamos assim.
Num carro, sem fé, não teria como dirigir, são muitas coisas que fazemos que temos certeza que prontamente funcionarão, embora não haja qualquer garantia ou prova sobre isso. Muita coisa do que tem que acontecer para um carro funcionar não depende de nós, mas na aparência pensamos que tudo está sob nosso inteiro controle, nem sabemos como funciona o carro, quantas coisas estarão acontecendo no motor, na parte elétrica, como e porque os vidros abaixam quando apertamos um botão. Ninguém precisa questionar isso, apenas crê que tudo ocorrerá conforme o esperado, ou como já viu antes, ou como alguém disse que seria.
Eu sempre fui um amigo brincalhão e uma das coisas que sempre brinquei foi com esse instinto de confiança das pessoas. Por exemplo seu eu entrasse num carro com uma criança que não sabia abaixar o vidro e ela perguntasse a mim, eu não diria "gire a manivela", o que ela faria sem questionar "não acredito! é mesmo?", eu diria o mais natural "puxe pra baixo que ele desse". E então riria com as mãozinhas coladas no vidro tentando puxar para baixo, sem sequer raciocinar que se fosse assim qualquer um abriria o carro por fora. Devo ter feito isso algumas vezes.
Todo mundo acha que isso é apenas ser caçoador, mas é um instinto, aprendemos muito com isso: vemos por um lado que sempre acreditamos muito facilmente em qualquer coisa, por outro lado vemos que o ceticismo, a postura crítica, a desconfiança estão longe de ser o natural ou o normal e que não são tão sadias como nos querem ensinar hoje nas escolas e universidades, podem ser até doentias.
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